sábado, 2 de abril de 2011

Asas para voar

Uma águia empurrou gentilmente seus filhotes para a beirada do ninho.
O seu coração acelerou com emoções contraditórias, ao mesmo tempo que sentiu a resistência dos filhotes.
Por que será que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair? Pensou ela.
O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso.
Abaixo, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes.
E, se justamente agora, isto não funcionar? Pensou ela.
Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento.
A sua missão estava prestes a completar-se, restava ainda uma tarefa final: o empurrão.
A águia encheu-se de coragem.
Enquanto os filhotes não descobrirem as suas asas não haverá propósito para a sua vida.
Enquanto eles não aprenderem a voar não compreenderão o privilégio que é nascer águia.
O empurrão era o melhor presente que ela podia oferecer-lhes.
Era seu supremo ato de amor.
Então, um a um, ela precipitou-os para o abismo.
E eles voaram!
Às vezes, nas nossas vidas, as circunstâncias fazem o papel de águia.
São elas que nos empurram para o abismo.
E quem sabe não são elas, as própria circunstâncias, que nos fazem descobrir que temos asas para voar.
Fonte: www.mayrink.g12.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário